terça-feira, 9 de agosto de 2016

Unidade Prisional Avançada de Videira-SC


Nome Estabelecimento: Unidade Prisional Avançada de Videira 
Tipo: Unidade Prisional Avançada 
Dirigente: Dario de Souza
Fone: (49) 3533-1831
Contato : upavideira@ssp.sc.gov.br

Localização

Linha Scucciato, s/n
VIDEIRA, Santa Catarina
Brasil
27° 0' 45.5148" S, 51° 9' 8.4384" W
 

 

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Membros do Conselho da Comunidade da Comarca de Videira/ Gestão 2016

Integrantes

Humberto Zanotti (Presidente)
Denise Danielli Pagno
Freddy Hagemeier
Giovana Bonetti
Guilherme Cesca
Luciano Felipe Pasqual
Nivaldo Scariot
Orlando Spricigo
Afonso Rubini
Severino

As reuniões acontecem em geral na primeira segunda-feira do mês na sala de audiências do Fórum de Videira, localizado na Avenida Manuel Roque, ao lado da Prefeitura.

Iniciam as 18:45 e demoram em torno de duas horas com apresentação de demandas e deliberações.Toda a comunidade está convidada a comparecer e contribuir em reuniões do Conselho.

CONSTRUÇÃO DO BLOCO DE RECEPÇÃO/ENTRADA E DO MURO DA UNIDADE PRISIONAL AVANÇADA


 Imagem do Muro Finalizado
 Local de Entrada da UPA onde ficam os agentes penitenciários com o coberto para visitantes

Em parceria com a administração do presídio e contando com a mão de obra dos apenados, o Conselho ajudou a construir um pequeno abrigo que para agentes penitenciários responsáveis pela fiscalização e controle de entrada e saída de pessoas na Unidade Prisional. 
Neste local, também foi construído/melhorado o muro que hoje fecha de um lado a outro a área de entrada que conta até com uma casinha para colocar o lixo.
Antes, as pessoas ficavam na chuva ao sair ou esperando entrar no presídio. Próximo ao abrigo dos agentes, foi construída uma cobertura junto à área externa do presídio para melhorar a condição dos familiares e visitantes da Unidade.

Imagem do Muro em Construção

VISITA DA CORREGEDORIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA

Em 2015, contamos com uma visita especial.
Na primeira imagem temos o representante da Corregedoria de Santa Catarina, acompanhado do juiz André Trentini e do conselheiro Luciano Pasqual (camiseta azul).
Na segunda imagem, temos a equipe dialogando com os apenados de regime fechado que estão trabalhando na cozinha.

04/05/2015: PAGAMENTO E CONFECÇÃO DE UNIFORMES PARA APENADOS DA UNIDADE PRISIONAL DE VIDEIRA-SC


Antes de iniciar cada estação, é de praxe deste Conselho contribuir com a confecção das roupas. Na entrada do inverno foram confeccionados 160 pares de uniformes de inverno, 100 de tamanho “G”, 40 de tamanho “M”, e 20 de tamanho “GG”. 
Também acontece constantemente aquisição de roupas para reposição. 

 Na imagem temos os conselheiros em ato de entrega dos Uniformes

01/06/2015: DOAÇÃO DE APARELHOS DE AR CONDICIONADO SPLIT PARA A APAE (SALA DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL)


O frio dificulta os trabalhos de psicólogos e fisioterapeutas, entre outros profissionais que atuam com a estimulação de crianças e adultos com deficiência. 
Em função disso, o Conselho da Comunidade adquiriu os aparelhos e realizou a doação para a APAE de Videira/SC após a solicitação do órgão em reunião do Conselho.

Na imagem, integrante do Conselho Luciano Pasqual realizando a entrega

06/07/2015: CONSTRUÇÃO DE PARQUINHO INFANTIL NA ESCOLA EURICO RAUEN


As diretoras da escola apresentaram um projeto do parquinho infantil a ser construído e instalado no jardim da escola. Esta escola localiza-se em área estratégica da cidade que abrange os Bairros Pedreirinha, São Cristóvão e De Carli. Os apenados da Unidade Prisional da cidade de Videira têm origem em sua maioria nestes bairros. Os pequenos familiares de detentos estudam nesta escola e falta estrutura para atendê-los com a necessidade que apresentam. A escola conta com um programa denominado “Mais Educação” onde as crianças ficam o dia todo na escola mas não possuem espaço adequado para permanecerem e brincarem.


14/09/2015: INÍCIO DAS AULAS NA UNIDADE PRISIONAL AVANÇADA DE VIDEIRA

Desde 2014 encontrava-se em fase de projeto e construção o espaço que seria a sala de aula. Situada na área de entrada do prédio principal da Unidade Prisional, a sala de aula foi construída com recursos procedentes das contas bancárias geridas por este Conselho da Comunidade em parceria com o Conselho da Comunidade da Comarca de Tangará. A sala de aula é dividida em área do docente e área dos estudantes por meio de uma grade. De um lado da grade fica o professor com o material pedagógico para seu trabalho em armários e mesa para o professor. Tem quadro branco, projetor multimídia e um notebook para que se o professor necessitar, possa trabalhar com os estudantes áudios, vídeos, poer point, etc. No momento, as aulas são desenvolvidas por docentes contratados e administrados pelo Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) por meio de um convênio firmado com o governo do Estado de Santa Catarina. 
 O Fórum da Comarca de Videira, juntamente com o Conselho Comunitário de Segurança Pública e a Unidade Prisional trabalharam para construir um espaço adequado para a implantação do programa. Por meio dos recursos oriundos das transações penais do Judiciário foram adquiridos os materiais necessários e fazendo uso da mão de obra dos próprios detentos foi construído o espaço, que a partir do dia 1º de setembro, passará a sediar as aulas da Educação Prisional.
São vinte e três detentos divididos em três turmas de nível fundamental e basicamente, os professores trabalham com os educandos as habilidades de leitura, escrita e cálculo visto que muitos apenados encontravam-se em defasagem escolar. Do lado da grade em que ficam os estudantes espaços individualizados com carteiras e cadeiras, além de todo o material escolar foi concedido pelo Conselho da Comunidade. Optou-se por não adquirir computadores para esta sala no momento porque a maioria dos estudantes apresenta apenas a educação elementar, sendo que alguns encontram-se no momento em processo de alfabetização. Julgou-se que seria adequado no momento ensinar os conhecimentos básico e na instalação elétrica desta sala já foi previsto e instaladas tomadas no chão para a futura aquisição de notebooks ou computadores individuais. No momento não era viável investir em tecnologia, pois a mesma em pouco espaço de tempo tornaria-se obsoleta pela falta de uso.

Na imagem, registro do momento assinatura do convênio entre as partes envolvidas no trabalho em 24/08/2015. Da direita para a esquerda, Rita de Cássia, gerente de ensino, Dário de Souza, administrador da Unidade Prisional, Dorival Borga, gerente da Secretaria Regional, Margarete Salvadori, diretora do CEJA e Luciano Pasqual, membro do Conselho da Comunidade.

05/10/2015: REFORMA DO PISO DA COZINHA E DO DEPÓSITO



Conforme solicitação da Unidade Prisional na pessoa do Sr. Goetten, trabalhador da unidade, foi deliberado sobre a reforma do piso da cozinha e da construção de um depósito. O piso da cozinha se encontrava com azulejos em avançado estado de desgaste. Observando isso a administração da Unidade Prisional, o Conselho da Comunidade e os apenados que trabalhavam com construção civil antes de ingressar trocaram os azulejos e iniciaram a construção de um anexo da cozinha que será utilizado como depósito de alimentos.
Esta era a situação do piso da cozinha antes de iniciar a reforma.

05/11/2015: REMISSÃO DE PENA POR LEITURA


Na reunião do Conselho da Comunidade realizada em 09/11/2015 foi dialogado sobre o projeto “Remissão de Pena por Leitura”. Este projeto foi desenvolvido para os apenados reeducandos da Unidade Prisional de Videira/SC que não se encontram incluídos nas aulas oferecidas na unidade já que contemplam o nível fundamental: aquisição de escrita, cálculo e conhecimentos gerais básicos. O juiz da Vara Criminal Dr. André emitiu portaria sobre o funcionamento deste programa e solicitou a compra de livros. Foram adquiridos 25 livros de Raquel de Queiróz, intitulados “O Quinze”.
Na imagem abaixo está a conselheira e Assistente Social da Unidade Prisional Giovana, o Sr. Juiz André Trentini e o Goeten, colaborador deste conselho e atua na segurança geral da Unidade Prisional.


30/11/2015 FORMAÇÃO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA PARA CONSELHEIROS DA COMUNIDADE EM 23 E 24/11/2015


O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) por meio da pessoa do Corregedor do Estado de Santa Catarina sr. Alexandre Takaschima e o Desembargador e Presidente da Confederação Nacional de Conselhos de Comunidade Dr. Luiz C. Medeiros planejaram e se fizeram presentes ao longo de toda a capacitação coordenando-a no sentido de preparar os conselheiros para atuar junto ao Sistema Penal.
Segundo eles, é preciso construir um modo diferente de trabalhar junto ao preso no Brasil. “O joio precisa ser separado do trigo, mas esse joio precisa ser tratado e não abandonado”, disse o Dr. Luiz Medeiros. De modo geral, os palestrantes versaram sobre o papel dos conselheiros no Conselho da Comunidade que precisa atuar como uma ponte entre a sociedade e os apenados.
Foi trabalhado ao longo da capacitação o olhar que a sociedade dirige ao crime e como ela lida com o criminoso. A massa, a população dirige a mágoa, o sentimento coletivo de vingança, o pedido de justiça com aquelas pessoas que cometeram o crime. Para juízes e pessoas que trabalham com a justiça é difícil lidar com o clamor popular quando acontecem crimes hediondos pela pressão que esses fatos por si só já desenvolvem em todos. Por isso, há uma ciência, a criminologia que se ocupa há muitos anos em estudar e debater dento dos parâmetros técnicos essa questão e em conjunto com diversas experiências, ensina que "olho por olho, dente por dente não é a solução" para constituir uma sociedade menos violenta. Se fosse assim, os índices de violência reduziriam e no caso do Brasil, só fazem aumentar.
Um ponto importante discutido por aqueles que palestraram em diferentes momentos é que há uma superpopulação no sistema carcerário no Brasil que está em 4o lugar no número de vagas e é campeão mundial no surgimento de novas vagas. Não estamos gerando condições de segurança. A prisão não pode ser a primeira e nem a única alternativa. É fundamental que os conselheiros olhem para isso de maneira crítica.
Fundamentalmente, aprendemos que conselhos de comunidade são associações de direito privado. Ainda temos que percorrer um longo caminho em busca de institucionalidade. Os Conselhos surgiram com as políticas públicas recentes em que a sociedade civil reivindicou direito a participação em diversas instâncias sociais. Temos uma confederação nacional: a Confederação Nacional dos Conselhos da Comunidade.
Um conceito amplamente defendido, exposto e trabalhado na capacitação foi sobre a relação entre a Justiça Restaurativa e a Justiça Tradicional. A justiça tradicional pune, a justiça restaurativa procura desenvolver um olhar abrangente sobre o território onde as pessoas envolvidas e as suas relações são consideradas amplamente. A justiça restaurativa trabalha com a mediação e necessita do trabalho em rede. Sob essa perspectiva, é preciso criar novos espaços de controle social que levem a emancipação humana. Como pode voltar a ser humano em uma sociedade não humana?
No Brasil temos uma situação difícil a encarar: temos um sistema de justiça predominantemente encarcerador e ainda jovens policiais estão morrendo e quando sobrevivem, estão matando.
Diversos palestrantes que atuam no sistema prisional estadual como agentes penitenciários citaram muitas vezes e indicaram o livro: Comunicação Não Violenta de Marcio Rosemberg. Segundo eles, esse autor ensina e ilustra como abordar a raiva sem matar a outra pessoa, sem violentar. Ensina a escutar o que está acontecendo no interior da pessoa. Livro indicado para quem trabalha como Agente Penitenciário, Conselheiro da Comunidade porque ajuda a se comunicar com o apenado de crimes de morte. Como conversar com o criminoso de morte sem querer matá-lo? "O que você sentia quando matou? O que você sentia quando estuprou?”
Um dos pontos fortes foi a abordagem da questão da mulher grávida e parturiente nos presídios, a mulher que dá a luz algemada e acorrentada, já as crianças que ficam até os seis meses ou um ano com a mãe e depois vão com a família ou vão para adoção. A questão dos transgêneros em alas masculinas e da violência que sofrem (abusados sexualmente, trabalho para colegas de cela, etc.), o alto número de detentos utilizando psicotrópicos, entre outros foram assuntos que deixaram muitos questionamentos no ar.
Muito foi discutido sobre as atribuições de Conselheiros da Comunidade: a) essencialmente realizar visitas mensais ou bimestrais aos presos e passar pelas áreas de convivência do presídio ou da unidade, b) realizar conversas com eles para averiguar a situação de vida familiar, condições dentro do presídio, necessidades, etc. c) receber denúncias de abuso que precisam de encaminhamento e uma das possibilidades é a Defensoria Pública que foi apresentada nesta formação.



Qual é a relação deste Conselho com os demais Conselhos de Santa Catarina e do Brasil?


O objetivo maior deste conselho é num primeiro momento, por trás das grades e in loco, constatar a realidade.
O Conselho da Comunidade é a voz dos apenados para o mundo exterior e faz isso através das diversas atividades desenvolvidas pelos seus membros em parceria com a comunidade, na qual os conselheiros estão inseridos. Da Unidade Prisional de Videira foram contratados apenados que na época estavam em regime semiaberto e agora em liberdade podem contar com uma vaga no mercado de trabalho. Aos apenados são oferecidas atualmente oportunidades de educação e trabalho que se forem bem aproveitadas podem transformar as suas vidas e a das suas famílias.
Este Conselho desempenha as funções de representação e intermediação da comunidade, educativa, consultiva, assistencial, auxílio material à unidade prisional e a mais importante de todas: a fiscalização das condições de cumprimento da pena.
Por esse motivo é fundamental que o desenvolvimento desta fiscalização constitua-se como uma ação política, de defesa de direitos, de preparo dos apenados para a reinserção e retorno à sociedade com condições para que se desenvolvam como seres humanos em meio a outras pessoas sem lesá-las. Para que isso aconteça, essa fiscalização ocorre dentro de um contexto de análise crítica e em profundidade de todos os ângulos possíveis: do apenado e de seus familiares, da sociedade, dos desafios impostos pela função aos agentes prisionais, da administração da unidade, do sistema prisional como um todo e de facetas que até o presente momento não se apresentaram para os Conselheiros.

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O CONSELHO DA COMUNIDADE DA COMARCA DE VIDEIRA-SC


O que é o Conselho da Comunidade da Comarca de Videira-SC?

É constituído por um grupo de pessoas representantes da sociedade civil que trabalham voluntariamente, em conjunto e em essência desenvolvendo ações para contribuir com os apenados do regime fechado e semiaberto da Unidade Prisional de Videira/Santa Catarina.
O conselho da comunidade tem origem na própria comunidade, sem imposição superior do poder público, para despertar as forças coletivas a enfrentarem os desafios da própria sociedade. Por isso, programas desse teor como o Conselho da Comunidade precisam ser da comunidade e sob o patrocínio da administração local.
A premissa deste Conselho é assessorar o sistema prisional instalado na área abrangência de Videira-SC no desenvolvimento de um trabalho que auxilie os presos a cumprirem com dignidade as devidas penas a que foram julgados ou que aguardem julgamento em condições que promovam ou que resgatem a sua condição humana.
Em Videira, o Conselho atua em conjunto com a administração da Unidade e vêm promovendo melhorias de infra-estrutura na Unidade Prisional, também compra materiais e orienta a mão de obra dos presos para a execução de obras em alguns órgãos e espaços públicos.
Neste ano de 2015, uma das suas ações notáveis foi a construção, compra de materiais, instalação de sala de aula e firmação de convênio com o Estado para iniciar a educação naquele ambiente. Atualmente 23 presos frequentam o nível básico do ensino fundamental na sala de aula própria unidade prisional.